segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

NÃO QUEIRA SER PASTOR - POR VALDEMIR MOTA DE MENEZES

 Muitas pessoas deveriam pensar bem nos propósitos que possuem quanto ao futuro de sua vida na Terra. Muitos deveriam pensar seriamente sobre sua vocação pastoral, episcopal, em síntese, em sua vocação de líder cristão. A responsabilidade é grande, porque trazer um povo em santidade não é fácil. Muitos pastores visando o bem social e econômico da igreja, deixa de disciplinar e expulsar os membros infiéis e apóstatas. (Comentário do Escriba Valdemir Mota de Menezes)



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

JAIR BOLSONARO - LÍDER DO BEM

O Escriba Valdemir Mota de Menezes defende posições políticas semelhantes a do deputado Jair Bolsonaro. Todo cristão autêntico deveria adotar padrões bíblicos de governo cujos interesses sejam a preservação da família, dos bons costumes do temor a Deus e da ordem pública. De todos os políticos brasileiros, um dos poucos que possuem ideologia cristã verdadeira é o Jair Bolsonaro. Homem ético, cristão, corajoso. Por mim ele seria não somente presidente, mas entregaria para ele uma monarquia absolutista. Enqunato o Messias Jesus não estabelece seu reino na Terra, temos com expoente do idela cristão o Jair MESSIAS Bolsonaro.
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Jair Bolsonaro


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Jair Bolsonaro

Foto: Wilson Dias, ABr

Deputado federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

Mandato 1 de fevereiro de 1991

até 31 de janeiro de 2015

(seis mandatos consecutivos)

Vida

Nascimento 21 de março de 1955 (57 anos)

Campinas, São Paulo

Casamentos Ana Cristina Valle

Rogéria Nantes Braga Bolsonaro (divorciado)

Partido Partido Democrata Cristão

Partido Progressista Renovador

Partido Progressista Brasileiro

Partido Trabalhista Brasileiro

Partido da Frente Liberal



Atual:

Partido Progressista

Religião Católico apostólico romano[1]

Profissão Militar da reserva do Exército Brasileiro

Website bolsonaro.com.br

linkWP:PPO#Brasil

ver



Jair Messias Bolsonaro (Campinas, 21 de março de 1955) é um militar da reserva e político brasileiro. Ele cumpre sua sexta legislatura na Câmara dos Deputados do Brasil, eleito pelo Partido Progressista. É pai de Carlos Bolsonaro, vereador carioca e Flávio Bolsonaro, deputado estadual fluminense, ambos do PP[2]. É titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da de Segurança Pública Combate ao Crime Organizado;[3] é suplente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.[4] Já foi filiado ao Partido Democrata Cristão, Partido Progressista Renovador, Partido Progressista Brasileiro, Partido Trabalhista Brasileiro, Partido da Frente Liberal e atualmente faz parte do Partido Progressista.[5]



Ganhou notoriedade nacional após dar declarações sobre questões polêmicas, como homofobia, preconceito racial, sexismo, cotas raciais e defesa da tortura e do regime militar no Brasil, sendo classificado por alguns jornalistas e órgãos de imprensa como representante da extrema-direita brasileira.[6][7][8]

Índice



1 Vida militar

2 Vida política

2.1 Principais bandeiras políticas

2.1.1 Política para usuários de drogas

2.1.2 Projeto contra as cotas raciais

2.1.3 Defesa da pena de morte

3 Polêmicas

3.1 Valorização da violência

3.2 Defesa da Tortura

3.3 Defesa do regime militar no Brasil

3.4 Alegações de sexismo

3.5 Alegações de homofobia

3.5.1 Projeto de lei de 2002

3.5.2 Discussão na TV Câmara

3.5.3 Entrevista ao CQC

3.5.4 União estável entre casais homossexuais

3.5.5 Projeto de Lei 122

3.6 Preconceito com os povos indígenas

3.7 Entrevista ao CQC e alegações de racismo

3.7.1 Direitos humanos

3.7.2 Processos

4 Relacionamento com outros políticos

4.1 Discussão com Maria do Rosário no Congresso

4.2 Discussão com Jean Wyllys na Câmara

4.3 Discussão com Marinor Brito e panfletos "antigay"

5 Visões políticas

6 Referências

7 Ligações externas



Vida militar



Bolsonaro cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército[9] e em seguida a Academia Militar das Agulhas Negras, formando-se em 1977. Integrou a Brigada de Infantaria Pára-quedista, onde se especializou em paraquedismo. Posteriormente também desenvolveu-se em mergulho autônomo. Foi casado com Rogéria Bolsonaro, a quem ajudou a eleger vereadora da capital fluminense em 1992 e 1996, com que teve três filhos: Flávio Bolsonaro — deputado estadual fluminense —, Carlos Bolsonaro — assim como o pai e mãe, vereador da cidade do Rio de Janeiro —, e Eduardo. De seu segundo casamento com Ana Cristina, teve Renan. Segundo Jarbas Passarinho, em 1986, já capitão, Bolsonaro teria sido preso por quinze dias, por liderar manifestação por melhoria dos soldos, sem a autorização de seus superiores, caracterizando um possível ato de indisciplina e imoralidade. Foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar dois anos depois.[10] Também teria sido intitulado pelo General Leonidas Pires como indigno de um oficial do exército, devido à sua postura problemática e à indisciplina na carreira.[10]

Vida política



Em 1988 entrou na vida publica elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão. Nas eleições de 1990, elegeu-se deputado federal pelo mesmo partido. Seguiriam-se outros quatro mandatos seguidos. Foi filiado ao PPR (1993-95), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), e desde 2005, integra o PP.[5]



Ficou conhecido por suas ideias nacionalista, conservadoras, criticando fortemente o comunismo e a esquerda e condenando a homossexualidade[11]. Bolsonaro defende abertamente o regime militar instalado no Brasil em abril de 1964.[carece de fontes]

Nas últimas eleições, em 2010, Jair Bolsonaro obteve cerca de 120 mil votos, sendo o décimo-primeiro deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro. Em seu mandato anterior, se destacou na luta pela aprovação da PEC300 e contra uma possível volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras)



Esta passagem carece de fontes



É representante de parcela das Forças Armadas brasileiras na Câmara dos Deputados e defende recomposição salarial dos militares.[carece de fontes]

Principais bandeiras políticas

Política para usuários de drogas



Jair Bolsonaro considera que o uso de drogas pode ser revertido por uso da força, nunca tendo proposto tratamentos médicos ou soluções de saúde pública e política educacional para o problema do vício.[carece de fontes] Em novembro de 2010, o deputado disse que usuários de maconha deveriam "apanhar" para que não passassem a "cheirar" (usar cocaína).[12] Em entrevista dada ao programa CQC, em abril de 2011, Bolsonaro reiterou as afirmações anteriores. Questionado no programa sobre como reagiria caso se o filho fosse usuário de drogas, Bolsonaro disse: "Daria uma porrada nele, pode ter certeza disso".[13]

Projeto contra as cotas raciais



Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas raciais nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.[14]

Defesa da pena de morte



Em várias entrevistas, Bolsonaro se posicionou favoravelmente à instituição da pena de morte no Brasil para casos de crimes premeditados pois, segundo ele, "o bandido, ele só respeita o que ele teme".[15] Também é a favor da redução da maioridade penal e em 2008, foi o único deputado do Rio de Janeiro a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não-letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado[16].

Polêmicas

Valorização da violência



O deputado Bolsonaro já fez críticas tanto ao Governo Lula como ao de Fernando Henrique Cardoso, cujo fuzilamento defendeu em sessão da Câmara, causando grande polêmica[17]. Bolsonaro também defendeu palmadas para "corrigir" filhos homossexuais, em uma declaração da Câmara do Senado, em que a palmada devia ser aplicada para mudar filho gayzinho.[18]

Defesa da Tortura



Em 2000, Jair Bolsonaro defendeu, numa entrevista à revista IstoÉ, a utilização da tortura em casos de tráfico de droga e sequestro e a execução sumária em casos de crime premeditado[9]. Bolsonaro justifica o uso da tortura pois, segundo ele, "O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico." Bolsonaro foi criticado pelos meios de comunicação, por políticos e pelo Grupo Tortura Nunca Mais, sobretudo depois de ter afixado na porta de seu escritório um cartaz que dizia aos famíliares dos desaparecidos da ditadura militar "quem procura osso é cachorro".[19] Segundo o Grupo Tortura Nunca Mais, "Lembramos que há uma outra denúncia contra o mesmo deputado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, assinada por todas as entidades que estiveram presentes no Encontro dos Anistiados, junto com um vídeo (CD) que mostra Jair Bolsonaro saindo do Clube Militar do Rio de Janeiro, dizendo: "Nós não devíamos só torturar. Devíamos torturar e matar."[20]

Defesa do regime militar no Brasil



O deputado federal é conhecido por suas alegações de que a ditadura militar brasileira teria sido um período glorioso da história do Brasil. Segundo carta do deputado publicada no jornal Folha de São Paulo, foram "20 anos de ordem e progresso".[21] O deputado também disse, em entrevista ao CQC, se espelhar nos presidentes do regime militar, sentindo falta "do respeito, da família, da segurança e da ordem pública e das autoridades que exerciam autoridade sem enriquecer"[22]. De acordo com a entrevista de 2000 dada à IstoÉ, Bolsonaro ainda defende a censura, embora a reportagem não especifique qual tipo.[9] Em entrevista concedida no sítio da revista Época, em julho de 2011, o parlamentar afirmou que o regime militar não foi uma ditadura.[1]

Alegações de sexismo



Bolsonaro é considerado machista por seus opositores. Segundo o coordenador nacional do MNDH, Gilson Cardoso, Bolsonaro seria oposto à Lei Maria da Penha, que busca coibir a violência doméstica contra mulheres.[23] Em sua briga com Maria do Rosário, Bolsonaro disse que não "estupraria" a deputada, afirmando que ela não "merecia". Além disso, a empurrou diante das câmeras, chamando-a de vagabunda, tendo sido contido por um segurança.[24] Em entrevista dada à Revista IstoÉ, Bolsonaro afirmou controlar a vestimenta da mulher no que diz respeito ao topless. Sobre seu primeiro casamento, Bolsonaro afirmou que a ex-mulher era obrigada a "seguir suas ideias" na política.[9]

Alegações de homofobia



Jair Bolsonaro opõe-se à defesa de situações como união civil de homossexuais e adoção de filhos por estes, e alteração no registro civil para transexuais.[25]



Em 2011 um processo contra o deputado foi aberto no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pelo PSOL, que o acusou de disseminar preconceito e estimular violência, citando uma discussão do deputado com uma senadora sobre o projeto de lei que criminaliza a homofobia, em 12 de maio, no Senado.[26] Cita também a participação de Bolsonaro no programa CQC.[26]

Projeto de lei de 2002



Em 2002, um projeto de lei sobre direitos humanos foi encaminhado ao Congresso Nacional, onde pretendia-se alterar o Código Penal Militar para extinguir diferenciação na punição entre práticas libidinosas homo e heterossexuais.[27][28][29] Bolsonaro se opôs, alegando que isto reduziria a segurança dos militares e os obrigaria a se tornarem homossexuais.[27][28][29]



Com mais este passo dado em relação à liberalização sexual dentro das Forças Armadas, seria compelido a lutar contra o serviço militar obrigatório. Nenhum pai estaria tranqüilo ao saber que seu filho, durante cinco dias de acampamento, foi obrigado a dormir numa minúscula barraca com um recruta homossexual sem poder reclamar, pois se assim procedesse seria punido por crime de discriminação sexual! [...] Conta-se que um comandante da Marinha inglesa, precocemente pedira transferência para a reserva, e indagado sobre o motivo, já que tinha tudo para uma longa carreira, respondeu: "Quando entrei para a Marinha, o homossexualismo era proibido, agora passou a ser tolerável, vou embora antes que se torne obrigatório".



– Jair Bolsonaro, sobre o projeto de lei de 2002.[27][28][29]



Discussão na TV Câmara



Em 2010, Bolsonaro correu o risco de ser expulso da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por defender, primeiramente em um debate da TV Câmara e posteriormente em outros programas, que bater no filho é a melhor forma de evitar que ele se torne gay.[30][31] Segundo a deputada Iriny Lopes, presidente da Comissão, alguma providência seria tomada antes do fim do ano legislativo, já que o que foi dito pelo deputado agride duplamente os direitos humanos.[30] Pedro Wilson, outro deputado membro da Comissão, apoiou a decisão da presidente e acrescentou que esta não havia sido a primeira vez que Bolsonaro agia de tal forma.[30] Em resposta à decisão, Bolsonaro, em ironia e deboche, disse estar se lixando para eles e pediu respeito à, segundo ele, minoria heterossexual que ele representa na Comissão.[30]

Cquote1.svg O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem. Cquote2.svg

— Jair Bolsonaro, durante discussão sobre a Lei da Palmada na TV Câmara.[30][31] [32]



Um requerimento propondo punição ao deputado e assinado por Pedro Wilson, Iriny Lopes e Chico Alencar foi aprovado em 1 de dezembro do mesmo ano.[31] Bolsonaro, que estava presente na reunião, ria enquanto era reprovado e manteve suas declarações. Foi defendido pelo deputado Fernando Chiarelli, ambos também criticando a cartilha elaborada pelo Ministério da Educação para ensinar as crianças a conviver com colegas homossexuais.[31] Apesar da postura de Bolsonaro ter sido reprovada pela maioria dos membros da Comissão, os parlamentares se opuseram à aplicação de punição.[31]

Entrevista ao CQC



Jair Bolsonaro foi entrevistado no quadro "O povo quer saber", do programa CQC, em 28 de março de 2011.[33][34] No programa, negou que participaria de uma parada gay por, segundo ele, este evento promove os maus costumes. Em 3 de abril, foi realizado um mini ato contra esta e outras declarações do deputado no programa.[33]

Cquote1.svg Eu não iria porque eu não participo de promover os maus costumes, até porque acredito em Deus, tenho uma família e a família tem que ser preservada a qualquer custo, se não uma nação simplesmente ruirá. Cquote2.svg

— Jair Bolsonaro, em entrevista ao CQC, sobre a possibilidade de participar de uma parada gay.[33][34]

Cquote1.svg Isso nem passa pela minha cabeça porque eles tiveram uma boa educação. Eu sou um pai presente, então não corro esse risco. Cquote2.svg

— Jair Bolsonaro, em entrevista ao CQC, sobre a possibilidade de ter um filho gay.[34]

União estável entre casais homossexuais



Em maio de 2011, após o reconhecimento da união estável de casais homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro afirmou que o "próximo passo vai ser a adoção de crianças (por casais homossexuais) e a legalização da pedofilia", forçando uma associação entre pedofilia e homossexualidade.[35] As falas de Bolsonaro foram ironizadas por internautas no Twitter após a decisão do STF.[36][37]



Também, panfletos com ataques aos defensores dos homossexuais foram espalhados pela cidade de Resende, no Rio de Janeiro, assinados pelo deputado. O material também estava disponível em seu site.[37]



- Com o falso discurso de combater a homofobia, o MEC em parceria com grupos LGBTs, na verdade, incentivam o homossexualismo nas escolas públicas de 1° Grau, bem como, tornam nossos filhos presas fáceis para pedófilos.



– Trecho localizado ao lado de uma foto de Jair Bolsonaro fardado, no panfleto distribuído em Resende e assinado pelo mesmo.[37]



Projeto de Lei 122



Uma petição foi criada pela Avaaz com o intuito de apoiar o Projeto de lei 122 de 2006.[38] Nesta, é dito que Bolsonaro apresenta ideias homofóbicas e que elas são perigosas.[38]



Em entrevista para a revista Época sobre o Projeto de Lei 122, em julho de 2011, Bolsonaro disse que "A maioria dos homossexuais é assassinada por seus respectivos cafetões, em áreas de prostituição e de consumo de drogas, inclusive em horários em que o cidadão de bem já está dormindo.".[1]

Preconceito com os povos indígenas



Jair Bolsonaro também ganhou notoriedade por comentários considerados preconceituosos pelos seus críticos à política indígena do Governo Federal, em um de seus pronunciamentos a uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em Roraima. Neste dia, Bolsonaro afirmou que os povos indígenas eram "fedorentos e não educados". A crítica, principalmente voltada à política de demarcação de terras indígenas, culminou com Bolsonaro afirmando que pessoas como os índios, supostamente não "educados" e "não falantes de nossa língua", não deveriam ter direito a uma tão grande porção de terra. Os comentários de Bolsonaro causaram grande indignação entre índios, parlamentares e grupos de defesa de direitos humanos, que consideraram que o comentário de Bolsonaro feria o princípio de não discriminação da Constituição Brasileira (Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação).[39]



Sentido-se constrangido e ofendido com os comentários do parlamentar sobre a questão indígena, uma das lideranças do sateré-maués presentes na audiência pública chegou até mesmo a atirar um copo de água em sua direção.[40] Após o episódio, Bolsonaro disse que o índio deveria "comer capim" para voltar às "suas origens":



É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens.

—Jair Bolsonaro.[41]



Como resposta, Bolsonaro foi repreendido por Lindberg Farias e Moacir Micheletto. Também foi repudiado pela advogada Joênia Wapichana, cujo discurso foi lido no congresso: "Sou brasileira, assim como os demais indígenas aqui presentes, descendentes dos primeiros habitantes do Brasil, os quais definiram o território brasileiro no Norte. Interesses particulares não poderão se sobrepor aos direitos coletivos! As comunidade indígenas têm o direito de buscar o que for de direito, porque o Brasil fez o compromisso de respeitar os direitos humanos. Trabalho para as comunidades indígenas porque elas possuem, ao seu favor, a Constituição Federal Brasileira e, infelizmente, nem todos a respeitam. Cumpram a Constituição Federal de 1988! Os povos indígenas têm sim muita educação, tanto que estão fazendo uma manifestação pacífica. Eles têm cheiro de terra, porque da terra é que vivem”.[39]

Entrevista ao CQC e alegações de racismo



Em entrevista ao programa CQC, no dia 28 de março de 2011, Bolsonaro esclareceu suas visões políticas e sociais. Ele relatou que se espelha no governo ditatorial militar e que sente saudades dos presidentes Médici, Geisel e Figueiredo, todos governantes do regime. Também se posicionou a favor do possível desenvolvimento de uma bomba atômica no país. Ele se manifestou dizendo que "daria uma porrada", caso visse o seu filho fumando maconha. Se posicionou contra os movimentos que fazem "apologia" à homossexualidade e à bissexualidade. Disse que seu filho, com "boa educação e um pai presente", "não corre o risco" de se tornar homossexual, e que desfiles gays são "promoção de maus costumes". Ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre o que faria se seu filho caso apaixonasse por uma garota negra, Bolsonaro disse que "não discutiria promiscuidade" e que "não corre esse risco porque seus filhos foram muito bem educados", uma das declarações que mais causou polêmica na entrevista.[42] No dia seguinte, afirmou que a resposta a Preta Gil fora um "mal entendido".[43] A cantora disse que entrará com uma representação no Ministério Público contra Bolsonaro por homofobia e preconceito racial[44] A OAB-RJ anunciou que encaminhará pedido de cassação do mandato de Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar, justificando que as declarações do deputado do Partido Progressista são "inaceitavelmente ofensivas pois têm um cunho racista e homofóbico, incompatível com as melhores tradições parlamentares brasileiras".[45] Na quarta-feira seguinte ao programa, Bolsonaro declarou que "está se lixando para esse pessoal", referindo-se a movimentos homossexuais.[46] Em resposta aos protestos contra Bolsonaro, seus filhos, Carlos e Flávio Bolsonaro, respectivamente vereador e deputado estadual pelo PP-RJ, disseram que a última declaração dada na entrevista, em que classificou o namoro inter-racial como uma "promiscuidade", pode ter sido mal interpretada por um erro na edição feita pelo programa.[2] Também disseram, defendendo as declarações contra homossexualidade na família, que ser homossexual não é o "normal", que apenas uma minoria tem esse posicionamento e que a maioria dos brasileiros pensa como Jair Bolsonaro, defendendo a integridade da família e a segurança.[2] O próprio Bolsonaro justificou-se alegando que pensou que a pergunta fosse sobre o relacionamento de seu filho com um homossexual.[47] Os filhos de Bolsonaro consideram como "oportunistas" todas as pessoas que acusam o deputado de ser homofóbico e racista, eles mostram-se completamente a favor do pai e afirmam que têm as mesmas opiniões do deputado.[48] Bolsonaro se defendeu dizendo que foi entrevistado por meio de um computador e que não entendeu a última pergunta da entrevista.[49]



Ele entende que a homossexualidade é fruto do meio onde a pessoa convive. E nós não convivemos. Nós, graças a Deus, convivemos no meio familiar. Não convivemos em meios tão badalados, como alguns artistas gostam de frequentar. Essa é a posição dele, ele não está querendo se referir ao homossexualismo como uma doença.

—Flávio Bolsonaro, deputado estadual pelo PP-RJ e filho de Jair, explicando afirmações do deputado na entrevista cedida ao CQC sobre a homossexualidade e a família.[2]



Bolsonaro combinou que voltaria ao programa para esclarecer suas afirmações, em especial sobre a pergunta de Preta Gil, em que chamou de "promiscuidade" o namoro entre seu filho e uma negra.[50] A entrevista gerou muita polêmica e rendeu ao deputado vários protestos e acusações. As declarações de Bolsonaro foram consideradas um "caso explícito de racismo" por Luiza Bairros, ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.[51] A ministra se referiu à declaração de Bolsonaro sobre cotas raciais e afirmou que não se pode confundir a liberdade de expressão com um crime de preconceito racial. Segundo ela, Bolsonaro cometeu um crime previsto na constituição brasileira.[51] O deputado havia dito que não aceitaria "ser operado por um médico cotista" ou "embarcar em um avião comandado por um piloto cotista".[carece de fontes]



As declarações de Bolsonaro repercutiram também nas redes sociais. Em menos de uma semana, uma página no Facebook contava com mais de vinte mil membros que protestavam contra as supostas declarações de homofobia e racismo do deputado.[49] No Twitter, a hashtag com o título de "forabolsonaro" ficou entre as mais comentadas da semana.[49] Outros sites contam com mais de vinte e cinco mil assinaturas pedindo a cassação do mandato do deputado.[49] Bolsonaro pode ser processado, para a OAB, que defendeu que a Câmara dos Deputados abra um processo contra o deputado por quebra de decoro.[52] Até às onze horas do dia 7 de abril de 2011, o site na internet que permite o cadastramento de pessoas que querem "proteger o Brasil de Bolsonaro" e pretende atingir a marca de cem mil cadastramentos, já chegava a 79 mil assinaturas pela Internet.[38]



Na segunda-feira seguinte ao programa da entrevista, originalmente exibida em 28 de março de 2011, o programa CQC reapresentou as duas perguntas mais polêmicas da entrevista,[53] a de que ele era contra cotas raciais, em que foi interpretado como racista, e a pergunta de Preta Gil, em que o deputado de refere ao namoro entre raças diferentes, em especial do seu filho com uma negra, como uma promiscuidade. O deputado, em relação a última pergunta da entrevista, esquivou-se dizendo que não havia entendido a pergunta feita por Preta Gil, apoiando-se também no comentário do apresentador Marcelo Tas, que disse que queria acreditar que "o deputado não entendeu a pergunta". Bolsonaro afirmou ter entendido que o namoro seria com um homossexual. Também respondeu que seus filhos foram "muito bem-educados" e não viveram num meio como "lamentavelmente" vivera a cantora, que já havia declarado publicamente ter participado de orgias bissexuais. Um dos apresentadores do programa, Rafinha Bastos supôs que o deputado havia se apoiado na inexistência de uma lei contra a homofobia para que sua resposta não fosse considerada um crime, como seria se a resposta tivesse sido racista. O deputado ainda promete explicar-se publicamente. Alguns grupos que estão a favor de Bolsonaro também se manifestaram. Neonazistas convocam "ato cívico" a favor de Bolsonaro através de redes sociais.[54] Uma manifestação convocada pela internet[55] ocorreu em 9 de abril, próximo ao MASP, em São Paulo. Um grupo contrário a Bolsonaro, formado por cerca de setenta, exibiu cartazes e cantos de guerra; o grupo favorável ao deputado tinha por volta de quarenta integrantes, sem nenhum negro. Apesar de tensão e de intervenção policial, não houve confronto.[56][57] Mesmo sem agressão física, oito integrantes do grupo que apoiava Bolsonaro e duas do grupo contra o pepista foram detidas. Os primeiros faziam parte dos grupos Ultradefesa, União Nacionalista e Carecas, averiguados por crime de intolerância, e os últimos eram punks anarquistas que não portavam documentos. Um participante do grupo autodenominado "nacionalista" ainda teve de ser retirado após discutir com integrante do movimento gay.[58]



Ainda em redes sociais, simpatizantes de Bolsonaro pedem que ele concorra a presidência, como em "Bolsonaro para Presidente", e se dizem "fãs" do deputado.[55]

Direitos humanos



Até agora, várias instituições responsáveis pela promoção dos direitos humanos pediram investigação e punição de Jair Bolsonaro. O Movimento Nacional pelos Direitos Humanos exigiu que o deputado fosse punido pelas declarações, afirmando que, "como toda Nação brasileira [''sic''], o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) se viu perplexo e indignado diante das ofensas racistas e homofóbicas proferidas pelo deputado federal Jair Bolsonaro contra a cantora Preta Gil, e por consequência contra ambos os grupos sociais, em programa de televisão, na última segunda-feira, dia 28 de março."[59] A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transsexuais pediu investigação criminal de Jair Bolsonaro com base nos crimes de racismo e injúria e difamação.[60] A UNESCO, braço da ONU, pediu que as falas de Bolsonaro fossem investigadas.[61] A Folha de São Paulo, em editorial do dia 5 de abril, defendeu que o deputado fosse submetido a juízo político por discriminação e preconceito, embora se opondo à cassação. O grupo Tortura Nunca Mais publicou uma nota de repúdio às falas de Jair Bolsonaro.[20] Por meio do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), o governo federal brasileiro afirmou que "Bolsonaro reforça a sua faceta homofóbica, racista e sexista, agindo, de forma deliberada, com posturas incompatíveis com o decoro e a ética exigida de um representante da sociedade brasileira no Congresso Nacional". Segundo a ministra da Igualdade Racial, as declarações de Bolsonaro foram "caso explícito de racismo".[62] A coordenadora da organização não-governamental Actionaid, Rosana Heringer, defendeu que, na impossibilidade de cassação de Bolsonaro pela lei do racismo, "ele merece uma punição do ponto de vista simbólico e cultural, para pensar duas vezes antes de falar isso de novo."[63] A Comissão de Direitos Humanos da Câmara disse que investigará Bolsonaro por suas falas de conteúdo discriminatório.[64] O presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, demonstrou indignação em relação às falas de Bolsonaro. Segundo ele, "É preciso coibir todo e qualquer ato que vise fomentar o racismo. E é isso que faremos".[65] No dia 6 de abril de 2011 o deputado Bolsonaro faltou à reunião da Comissão de Direitos Humanos quando, segundo seu gabinete, preparava uma defesa contra as acusações de racismo pela entrevista cedida ao programa de televisão.[66] No mesmo dia, manifestantes fizeram um protesto contra o deputado, exibindo cartazes com uma caricatura de Bolsonaro assemelhando-se a Adolf Hitler e trazendo a hashtag "#forabolsonaro", utilizada no Twitter para promover a indignação contra as declarações do deputado.[66][67] Mais tarde, foi divulgado que o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Yann Evanovick, afirmou que "Não dá para um país, com teoricamente uma democracia plena, ter parlamentares preconceituosos, homofóbicos e machistas, como o deputado Bolsonaro". Junto dele, a União Nacional dos Estudantes e outras vinte entidades enviaram um documento à Comissão de Direitos Humanos pedindo a investigação de Bolsonaro por crime de racismo[68]. O presidente da câmara, Marco Maia (PT), disse estudar a possibilidade de alteração no código de ética da Câmara para viabilizar punições alternativas ao deputado.[69] Protestos de grupos ligados à UNE, movimentos indígenas, negros e religiosos protestaram no dia 7 de abril na Câmara Federal, comparando Bolsonaro a Hitler.[70]

Processos



A entrevista ao CQC rendeu ao deputado vários processos por quebra de decoro e racismo. Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, a Câmara dos Deputados deve abrir um processo contra Bolsonaro.[71] A cantora Preta Gil também já entrou com um pedido de processo contra o deputado por racismo, alegando que as declarações foram claramente racistas e que o próprio deputado "assume o que é", a cantora agradeceu ao programa por, supostamente, "provar" esse racismo.[72] Em 6 de abril de 2011, o deputado foi notificado pela Corregedoria da Câmara para apresentar defesa contra petições protocoladas por seus pares notificando o caso.[73] Não obstante, o Conselho de Defesa da Pessoa Humana, do Governo Federal, decidiu encaminhar uma queixa formal à Procuradoria Geral da República pela suposta prática do parlamentar acerca de racismo e homofobia. A Secretaria da Igualdade Racial e os deputados Edson Santos e Luiz Alberto, ambos do PT, reiteraram pedido da Câmara.[74].

Relacionamento com outros políticos

Discussão com Maria do Rosário no Congresso



Em 11 de novembro de 2003, Bolsonaro discutiu com a deputada Maria do Rosário, do Partido dos Trabalhadores, sob as lentes das emissoras de televisão que gravavam uma entrevista do deputado à RedeTV! no Congresso Nacional. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que os menores de 16 anos deveriam ser penalmente imputáveis, ao que a deputada reagiu contrariamente. Bolsonaro, então, teria dito à deputada que chamasse o marginal Champinha (ver Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé) para ser motorista da sua filha pequena. A discussão resultou em ofensas pessoais, com Bolsonaro afirmando que Rosário o chamava de estuprador, ao que ela respondeu afirmativamente ("é, o senhor promove [o estupro] sim") tendo ele respondido "não vou estuprar você porque você não merece".[75] Após Maria do Rosário declarar que daria uma bofetada em Bolsonaro caso ele tentasse estuprá-la, Bolsonaro revidou dizendo "dá que eu te dou outra" e empurrou Maria do Rosário, obrigando um segurança a contê-lo.[24] O deputado chamou Rosário de vagabunda e ela, revoltada, saiu chorando do local. Depois de representações sem sucesso movidas contra o deputado pedindo sua cassação, Bolsonaro afirmou "estar se lixando" para elas.[76]

Discussão com Jean Wyllys na Câmara



No dia 27 de abril de 2011, Bolsonaro se envolveu numa nova polêmica, desta vez com o deputado Jean Wyllys (PSOL). Numa audiência sobre segurança pública, Wyllys teria dito ao ministro da justiça José Cardozo que "o crime tem muitas causas e uma das causas é o ódio, fruto do racismo e do preconceito. Estimular ódio e assassinato não é liberdade de expressão". Para provocar Wyllys, homossexual assumido, Bolsonaro afirmou, após criticar o plano nacional de direitos humanos, que conhecia pais que "têm vergonha de seus filhos gays".[77][78][79] Interrompido pela presidente da comissão de direitos humanos, Manuela D'Ávila (PCdoB), que considerou as falas do deputado ofensivas, Bolsonaro negou ter ofendido algum parlamentar. Wyllys, contudo, disse ter se sentido ofendido com as afirmações do deputado, que por sua vez atacou Wyllys pessoalmente dizendo "O problema é seu. Eu não teria orgulho de ter um filho como você". Mais uma vez, a presidente da comissão foi obrigada a intervir para evitar que Bolsonaro iniciasse um bate-boca. Ao sair da audiência, o ministro José Eduardo Cardozo disse "Seres humanos devem ser tratados como seres humanos. As pessoas têm o direito de ser o que quiserem. Podemos até discordar, mas não sair por aí manifestando posições odiosas, de ódio mortífero".[80]

Discussão com Marinor Brito e panfletos "antigay"



No dia 11 de maio de 2011, Bolsonaro se envolveu em mais uma polêmica ao distribuir no Senado panfletos contrários ao kit que o Ministério da Educação planejava distribuir em escolas contra a discriminação de homessexuais e que Bolsonaro considera como "promoção do homossexualismo". Os panfletos, que se colocam contra um plano de promoção dos direitos humanos e LGBT, deixaram a senadora Marinor Brito (PSOL) indignada. A senadora, que defende a criminalização da homofobia e qualquer declaração contra a conduta homessual, vendo Bolsonaro apresentar panfletos aos meios de comunicação atrás de Marta Suplicy[81], que dava entrevista, reagiu batendo nos papéis e dizendo "tira isso daqui", ao que Bolsonaro reagiu, chamando-a de "heterofóbica". Bolsonaro mais tarde afirmou que "Já que está difícil ter macho por aí, eu estou me apresentando como macho e ela aloprou. Não pode ver um heterossexual na frente. Ela deu azar duas vezes: uma que sou casado e outra que ela não me interessa. É muito ruim, não me interessa."[82] Segundo jornalistas, Brito e Bolsonaro quase chegaram a se agredir fisicamente. No mesmo dia, Marinor Brito entrou com uma representação contra o deputado, dizendo que "o parlamentar deve servir de exemplo à sociedade".[83] O antropólogo Luis Mott afirmou que processaria Bolsonaro, uma vez que os panfletos do deputado trariam a foto de Mott acompanhada de frases que, de acordo com Mott, não são de sua autoria.[84]